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  • Foto do escritorEquipa CascaisVet

Tempo frio nos animais de companhia

Este período mais frio e húmido, as preocupações em relação aos cuidados a ter com os animais de estimação, aumentam.


Os animais pediátricos e geriátricos são particularmente os mais vulneráveis durante esta estação. Carecem de uma atenção especial. Os animais pequenos ou recém nascidos necessitam de um bom aquecimento pois não conseguem manter de forma eficiente a sua temperatura corporal. Os animais geriátricos ou com problemas osteoarticulares tendem em sentir mais dor. Poderão carecer de condroprotectores, rações especiais e agasalhos.


A alimentação

Um alimento adequado é fundamental para a produção de energia. Animais adultos que estejam alojados no exterior necessitam de estar bem nutridos para poderem gerar energia suficiente para enfrentar o frio.

O fornecimento de alimento de alta qualidade, nutricionalmente completo e equilibrado é suficiente, não havendo necessidade de suplementos, a menos que o seu médico veterinário recomende.

Os animais de interior requerem menos alimento para a manutenção de um organismo saudável, pois a menor actividade conduz a um gasto energético menor, para além da existência de climatização artificial, que também ajuda a diminuir o metabolismo.

Se observar um ganho ou perda de peso, ajuste as porções de alimento conforme necessário. Se tiver dúvidas, sobre a quantidade e tipo de alimento que deverá dar ao seu animal, a equipa da CascaisVet poderá ajudá-lo.


Uso de roupas

Animais de pêlo curto poderão usar roupa disponível em qualquer pet-shop, caso estes se ressintam muito com o frio. Cães grandes e gatos normalmente não toleram este tipo de protecção contra o frio (havendo excepções, claro!). Caso esta seja uma das suas opções, deverá habituar o seu animal logo de pequeno.


Interior

A lareira é muito aconchegante nestes dias de Inverno, mas também corresponde a um enorme perigo. Os gatos deleitam-se com o seu calor. Todavia, existe um enorme perigo em lareiras sem protecção, de rolamento de troncos em chama ou cinzas ainda quentes que poderão queimar o seu gato ou cão, para além, dos estragos que poderá fazer na sua casa. A pele também poderá secar devido a este calor mais intenso. Outra preocupação a ter em conta, quando pensamos em lareira, é o fumo. O monóxido de carbono existente no fumo, poderá causar problemas respiratórios. Mantenha a sua lareira com tela de protecção e ensine os seus animais a manterem uma distância de segurança desta. Ter também atenção aos aquecedores a oleo e termoventiladores. Os AC's também secam bastante o ar e a pele.


Exterior

Se o abrigo do seu animal de estimação é no exterior, o abrigo deverá ser isolado, elevado, protegido contra os ventos dominantes e herméticos. Como eles usam o seu próprio corpo para se manterem quentes, o abrigo deverá ser suficientemente pequeno para conservar o calor do seu corpo. A cama deverá ser mantida limpa e seca.

Os carros estacionados, principalmente carros que acabaram de fazer deslocações e que ainda mantêm o motor e pneus quentes são atractivos para gatos de rua, bem como para aqueles que têm liberdade para frequentar o exterior. Antes de iniciar a sua viagem, não se esqueça de verificar sempre pneus e motor, bata e levante o capô.

Poderá verificar lesões nas extremidades: almofadas plantares, orelhas e cauda. As gretas nas almofadas plantares e pele seca e a descamar são achados frequentes. A colocação de um creme gordo nas almofadas e escovagem frequente, ajudarão a manter as almofadas plantares hidratadas, estimulando as células sebáceas, respectivamente.


Em lesões mais graves da pele provocadas pelo frio, os tecidos encontrar-se-ão rosados e avermelhados, por vezes, brancos ou acinzentados. Poderá haver evidência de choque do seu animal e formação de escamas de pele morta. Tecidos congelados nunca deverão ser esfregados, pois poderão causar danos adicionais. Se não for possível, aqueça a área afectada rapidamente, mergulhando-a em água morna e nunca quente, ou aplicando toalhas húmidas que deverão ser trocadas frequentemente. Quando os tecidos começarem a ficar com tons rosados, páre o procedimento. Seque os tecidos suavemente, cubra-os levemente com ligaduras limpas, secas e não aderentes e dirija-se quanto antes, ao seu vet, de modo a que o seu animal seja visto o mais brevemente.

Um cão ou gato que tenha sofrido uma lesão devido ao frio, deverá ser protegido da exposição ao frio.


Passeios

Após os passeios com o seu cão, principalmente em dias de chuva, enxugue o pêlo e as extremidades dos membros, o máximo que poder. A humidade poderá causar dermatites (inflamações da pele) entre os dígitos e consequentemente feridas. Evite as horas de mais frio.


Banhos e tosquias

Uma das dúvidas mais frequentes. É importante lembrarmo-nos que, no Inverno, o animal troca de pêlo e se não houver uma escovagem frequente e adequada, no sentido contrário do pêlo e depois do sentido do seu crescimento, poderão apresentar problemas dérmicos.

Animais de pêlo mais denso ou comprido, não é recomendável o banho em casa. É preferível deixar essa tarefa para um profissional. A CascaisVet poderá ajudá-lo nesse sentido. Possuímos serviço de banhos durante todo o ano e com os meios mais apropriados e com mais potência que os secadores caseiros, de modo a que o seu animal saía do nosso centro veterinário, seco e sem perigo de aparecimento de fungos. Poderá fazer uma tosquia menos radical, de modo, a que o seu animal não tenha frio.


Doenças susceptíveis

Tal como nós, as doenças respiratórias nos nossos animais também são muito frequentes. A presença de espirros frequentes, tosse, relutância na alimentação, poderão ser sinais de presença de algum problema.

Leve-o quanto antes a uma consulta, principalmente, se houver suspeita de pneumonia. O seu animal poderá necessitar de antibióticos específicos para a sua patologia e de cuidados adicionais para uma recuperação mais breve. A pneumonia pode ser fatal quando não tratada.

A vacinação contra a traqueobronquite poderá ajudar a proteger o seu animal, principalmente, caso este frequente locais comuns com outros animais.


Catarina Pinto

Enfermeira Veterinária


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